“Sempre procurei qualidade nos meus produtos e a minha satisfação é ter o que o cliente quer. Se não tenho, consigo. Por isso, muitos se mantêm fiéis durante esses anos.”

Os pais de Antonio Tomio Furuta eram feirantes e ele, nascido em Assaí, cresceu integrando essa atividade desde criança. Em 1968, já residindo em Londrina, a família Furuta abriu o primeiro negócio. “Naquela época, o prefeito Hosken de Novaes adquiriu um galpão abandonado, atual mercado municipal, e doou um boxe para cada feirante. Meu pai abriu uma portinha e começou a vender frutas e verduras. Não havia supermercado e nós acabamos virando uma mercearia para atender os clientes”, conta ele.

O tino comercial estava no sangue e, aliando a experiência adquirida com o pai, Antonio se dedicou ao negócio, que foi crescendo, criando um perfil próprio, conquistando clientes e tornando-se uma referência regional na oferta de gêneros alimentícios importados.  “Quando percebi que o negócio se expandia, fiz faculdade de Economia, curso de contabilidade e me atualizei em relação às novidades e características dos melhores produtos; apostei no nome forte que meu pai deixou. E hoje estamos aqui, há mais de quatro décadas nos mantendo na posição e prestando bons serviços”, ressalta.

Além de Antonio, seus irmãos também tocam outros negócios, como a casa de carne e a padaria. “Tudo sempre da melhor qualidade. Somos muito exigentes com isso. Não procuro o mais barato, mas sempre o melhor. Chefs e cozinheiros sempre nos procuram porque sabem que encontram os ingredientes para dar sabor especial aos pratos sofisticados que preparam”, observa.

Sobre a possibilidade de mudar-se para outro estabelecimento mais novo e arrojado, Antonio faz questão de frisar: “Não sentimos a necessidade de nos mudar daqui. Ao contrário, queremos melhorar o ponto, investir no nosso estabelecimento. Meu pai começou aqui; nesse mercado, temos uma história de vida”.

O pai faleceu em 1976, desde então, Antonio ajudou a criar os irmãos. “Fui o segundo pai deles e temos uma ligação forte, somos unidos. Eu e meus irmãos damos continuidade ao trabalho dos meus pais. Minha esposa, Maria Lucia, é falecida e tenho uma filha, Karen, formada em Hotelaria pela Faculdade de Canela”, diz.

As viagens para São Paulo são constantes, sempre em busca de novidades para o mercado. “Duas vezes ao mês estou em São Paulo conferindo os produtos, buscando encomendas para os clientes. Se compro um vinho, tem de ser o melhor; o bacalhau é escolhido a dedo e tem o ano todo. Queijos, cereais, condimentos, latarias sempre são top de linha. Tem de ser assim, pois atendo a classe A. Não poderia ser diferente”, conclui.